Deslizes que você não deve cometer em suas campanhas de marketing

Todos os dias somos bombardeados por anúncios dos mais diversos tipos.  São propagandas no rádio, TV, internet, jornal, revista, etc. Alguns dessas peças publicitárias nos conquistam pela sua criatividade, outras nos causam aversão pelo conteúdo ser apelativo ou pouco interessante. No entanto, existem campanhas de marketing que são verdadeiros erros e nos causam desconforto pela mensagem ofensiva que carregam (mesmo sem intenção). Em 2017, no Brasil, foram feitas 188 reclamações de cidadãos contra propagandas.  Entendemos que muitas dessas peças não tinham a intenção de ofender ou constranger ninguém, mas acabaram pecando em algum ponto e por isso acabaram sendo denunciadas.  Foi pensando nisso que listamos alguns deslizes que você não deve cometer em suas campanhas de marketing

1 – Racismo

Muita atenção na hora de conceber uma nova campanha de marketing. É importante se discutir bastante com a equipe sobre a mensagem e as imagens que estão sendo utilizadas nas artes.  Um erro gravíssimo que não pode ocorrer nesse processo de criação é lançar uma campanha com mensagem racista.

O impacto negativo que uma peça publicitária considerada racista é gigantesco. Por mais que a intenção da sua marca não seja ofender ninguém, “pisar na bola” e utilizar expressões, reforçar estereótipos, colocar algum representante de alguma etnia em situação degradante ou humilhante ou até mesmo debochar é um erro fatal.

É fundamental revisar a peça e a mensagem para tentar identificar qualquer interpretação negativa que pode ser atribuída a sua peça publicitária. Reúna a equipe, solicite que todos avaliem. Se não houver objeções quanto ao conteúdo e sua mensagem, é um sinal de que

2 – Misoginia

Se inspirar em ditados do passado pode não ser uma boa ideia para criar peças publicitárias, principalmente aquelas que reproduzem estereótipos quanto à posição da mulher na sociedade. Hoje em dia, não tem cabimento veicular qualquer tipo de mensagem que incite que lugar de mulher é na cozinha, muito menos reduzir a figura feminina apenas aos seus atributos físicos.

O caminho para fazer boas campanhas com participação feminina são aquelas que exaltam a força da mulher e não as sexualizam. Uma prova disso veio de uma pesquisa feita pelo Facebook IQ, no qual 75% das entrevistadas acreditam que para promover a igualdade entre os gêneros é preciso parar de representar as mulheres de forma sexualizada. Fica aí uma dica valiosa.

3– Ofensas a condições sexuais alheias

Em pleno 2018 fazer campanhas ofensivas, seja por meio de piadas ou insinuações sobre a sexualidade de anônimos ou famosos, é algo inaceitável. Sexualidade não deve ser motivo de piada ou vergonha para ninguém e ressaltar esse lado negativo na publicidade é um erro gravíssimo.

Pense bem se uma cena, fala ou texto não está sendo inserida num contexto em que se desmoralize a sexualidade alheia para não acabar ofendendo alguém.

4 – Duplo sentido não-intencional

Aqui vai uma dica fundamental à galera do design. É preciso ter certa malícia na hora de criar peças e logotipos para clientes. Pode parecer estranho falar isso, mas acontece que se você não for capaz de identificar um duplo sentido não-intencional nas suas artes, pode ter certeza que o público vai.

Não é nenhuma novidade que grandes ou pequenas marcas viram motivo de piadas ou até mesmo são acionadas por órgãos regulamentadores por publicidade com duplo sentido. Na dúvida, vale a pena chamar a equipe e aquele amigo mais malicioso para conferir a arte antes da aprovação.

Regulamentação

Vale destacar que existem órgãos e instituições responsáveis pela regulamentação da publicidade. Aqui, no Brasil, o Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) cumpre esse papel. A instituição criada por agências, anunciantes e veículos de comunicação tem autonomia para examinar campanhas que julgar ofensivas ou que vão contra o Código de Auto-Regulamentação, como também e está sempre aberto para receber reclamações do cidadão que se sentir lesado por qualquer peça publicitária. Por isso, é fundamental cuidar sempre das suas campanhas para evitar não só a repercussão negativa, mas também, restrições do próprio setor.